COMUNICAR PARA MOBILIZAR!
O Coletivo Força Tururu nasce a
partir de uma necessidade: de mostrar os pontos de vida da comunidade que eram
o tempo todo alvejada pela mídia como um local onde imperava o tráfico de
drogas, homicídios, entre outro males.
Um dos estopins para seu surgimento foi a reportagem de um duplo
homicídio alardeado pela mídia que ocorreu no bairro vizinho, mas a matéria
falava que teria sido no Tururu, uma vez que falar o nome da comunidade gerava
mais ibope, dava mais mídia.
Diante
desse fato, jovens na época refletiram como poderiam contribuir para melhorar a
imagem do Tururu de forma que criasse um contraponto com a Representação Social
que a mídia criara da comunidade. A ideia inicial foi fazer um conjunto de
oficinas formativas, só que esta ideia foi se ampliando na medida que a
reflexão que o grupo fazia da importância de que esta formação fosse
multiplicada, chegando ao alcance de mais pessoas foi então que se teve a ideia
de alinhar a educação com a comunicação, porque como bem lembra Paulo Freire, as
duas são complementares.
Pronto.
Os objetivos foram elaborados e as metodologias incorporadas. Neste sentido
seguiu-se em termos de produtos e culminâncias comunicativas: a elaboração do
documentário “Tururu: Justiça, Paz e Vida” que ganhou um prêmio nacional da
Secretaria Nacional de Direitos Humanos; vários vídeos e várias produções
audiovisuais e impressas foram elaboradas como instrumentos informativos;
surgiu a Campanha “Eu não quero Ser o próximo”, que trazia várias atividades
sequenciais e interligadas que abordavam a redução da violência e o
enfrentamento ao extermínio da juventude negra.
As
ações foram ampliadas e intensificadas, tornando-se mais fortes. Agora no final
de 2017 o Coletivo Força Tururu possui dois desafios que demandou muita energia
ao grupo, que vale salientar, se desdobra para desenvolver essas ações, pois é
composto por poucas pessoas e essas pessoas tem outras inúmeras coisas de suas
vidas para resolver, mas mesmo assim não eliminam a prioridade que o CFT possui
em suas vidas. Esses desafios são:
O
videoclipe “Tururu, minha comunidade” que vai, mais uma vez, elencar os pontos
positivos que a comunidade do Tururu tem, seus fluxos de vida, os moradores e
toda essa gente boa que alimenta o lugar.
A ação foi feita em parceria com um MC e um DJ do bairro e o trabalho
ficou lindo e participativo, pois contou com inúmeros moradores e moradoras.
O
segundo desafio é mais difícil de se fazer é a finalização do documentário “Ele
era meu filho” que dá a oportunidade de mães e pais falarem da dor que é de
terem seus filhos assassinados. Oportunidade de falar o que muitas vezes lhes é
negado, pois no imaginário das pessoas, os jovens quando são assassinados, que
por muitas vezes tem a ver com as consequências do tráfico de drogas, são tidos
como marginais e o que passa pelo discurso do senso comum de que esses jovens
devem morrer mesmo porque estão produzindo o mal. E quando se ouve mães e pais
falando desses mesmos jovens se consegue fazer um contraponto e observar quanta
história linda há por trás disto.
Estes desafios devem
ficar prontos em Outubro/2017 e deverão ser multiplicados aos quatro ventos,
para que cheguem a muitas pessoas e essas pessoas repassem a mais pessoas. Já nos perguntaram quanto ganhamos com isso e
a resposta é bem simples: financeiramente... Nada. Mas a felicidade de poder
estar construindo uma sociedade mais participativa não tem preço.
Por Coletivo Força Tururu
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